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1. Proposições iniciais
Falar de multiculturalismo é falar do manejo da diferença em nossas sociedades. No entanto, isto é ainda pouco para definir as implicações do termo. Pois, ela remete não apenas a um discurso em defesa da diversidade de formas de vida existentes nas sociedades contemporâneas, mas a um conjunto de aspectos fortemente ligados entre si e que carregam a marca de um contencioso: a) o reconhecimento da não-homogeneidade étnica e cultural dessas sociedades; b) o reconhecimento da não-integração dos grupos que carregam e defendem as diferenças étnicas e culturais à matriz dominante do nation-building nessas sociedades – após o fracasso seja de políticas assimilacionistas, seja de políticas diferencialistas (baseadas na restrição de acesso ou mesmo na idéia de “desenvolvimentos separados”); c) a mobilização dos próprios recursos políticos e ideológicos da tradição dominante nos países ocidentais – o liberalismo – contra os efeitos desta não-integração; d) a demanda por inclusão e por pluralidade de esferas de valor e práticas institucionais no sentido da reparação de exclusões históricas; e) a demanda por reorientação das políticas públicas no sentido de assegurar a diversidade/pluralidade de grupos e tradições.

Além disto, há que considerar que a crescente sensibilidade para o tema da diferença e sua articulação em termos socioculturais sob a forma de uma reivindicação de direitos para grupos subordinados se liga a um descentramento da cultura ocidental que assume duas modalidades paradoxais. De um lado, através da matriz colonialista e imperialista que difundiu-se mundo afora entre os séculos 16 e início do século 20, levando com ela modelos de organização social, desenvolvimento e mudança política que em larga medida se institucionalizaram no atual sistema de estados nacionais e numa economia mundial dominada inteiramente pelo capitalismo. Práticas, valores e instituições historicamente construídas a partir da modernidade européia e norte-americana se espalharam pelo mundo, tornaram-se ideais de progresso e emancipação, mas também se impuseram onde a resistência se fez mostrar. Uma intrincada composição de agentes “metropolitanos” e locais encarregou-se de dobrar a resistência, forjando uma uniformidade que atendia pelo apelo da Nação em busca de seu futuro no “mundo moderno”, atribuindo lugares aos que se posicionavam – contra ou a favor – frente às formas concretas de implementação destes projetos de modernização. Este descentramento do Ocidente que leva ao modelo do estado nacional e à trajetória da modernização representa o grau zero das disputas multiculturais[2].

De outro lado, a história do século 20 foi acumulando uma crescente desconfiança ou recusa dos modelos modernizadores – liberais como socialistas – que sofre, a partir dos anos 60, uma importante inflexão através de movimentos sociais e intelectuais de contestação política e cultural, ocorridos em várias partes do mundo, os quais contribuíram para deslegitimar, questionar e enfrentar a idéia hegemônica de Ocidente. Este descentramento crítico se expressou na emergência de novas formas de identificação coletiva – negros, mulheres, povos indígenas, ecologia, pacifismo, juventude, movimentos religiosos – e novas formas de pensamento, que puseram em questão o etnocentrismo e o caráter excludente da ordem liberal vigente. Nos países latino-americanos, a emergência destas formas sociais e intelectuais do descentramento incluía ainda a resistência contra a associação da modernização capitalista com regimes autoritários e tecnocráticos baseados em alianças civis-militares. Este descentramento que leva à afirmação da pluralidade de esferas públicas, dos direitos dos grupos historicamente excluídos social ou culturalmente, representa o primeiro momento de emergência de bandeiras multiculturais[3].

Mais recentemente, entretanto, uma nova onda de expansão ocidental tem se dado, a qual é capturada pela idéia de globalização. Embora o caráter deste processo seja altamente disputado, ele parece intensificar o duplo descentramento ao mesmo tempo em que reforça o paradoxo entre suas duas modalidades. Pois, ao mesmo tempo que a globalização representa uma certa forma de interconexão e interpenetração entre regiões, estados nacionais e comunidades locais que está marcada pela hegemonia do capital e do mercado, ela também se faz acompanhar por uma potencialização da demanda por singularidade e espaço para a diferença e o localismo. O discurso multiculturalista, neste sentido, tanto beneficia-se de como impulsiona a globalização, embora em direções nem sempre favoráveis às falas dominantes sobre a mesma.

Sob qualquer destas formas, o multiculturalismo está envolvido num contencioso, numa disputa que vai além do manejo de uma diversidade que simplesmente se dá, como mera constatação empírica. Para além ou na base das demandas lançadas ao estado, ao mercado e a outros atores sociais, há movimentos de retorno ao passado, de reconstrução ou de invenção de identidades coletivas, bem como há cobranças por redefinição de padrões societários. E esses movimentos disputam entre si ou articulam-se de formas surpreendentes, mas também instáveis e parciais. A vinculação das demandas multiculturais com a problemática dos direitos, através de um discurso sobre a legitimidade das diferenças e a necessidade de reparação tem aparecido, simultaneamente, como uma tentativa de “pacificar” o caráter mais “truculento” da emergência desses novos atores sociais que postulam uma identidade de base cultural, e como aprofundamento da disputa, uma vez que claramente há reivindicações de poder envolvidas.

Nosso objetivo neste trabalho, entretanto, não é discutir pormenorizadamente o conceito de multiculturalismo ou os casos concretos de aplicação de modelos nele inspirados[4]. Antes, gostaríamos de nos concentrar sobre dois aspectos fortemente relacionados à problemática multicultural: a associação entre identidade e localismo (sob a égide da cultura, da tradição, da etnicidade, do nacionalismo, da religião) e a contradição entre afirmação da identidade e o avanço da globalização, seja esta pensada sob a forma de um processo direcionado a partir de um “centro” ou como um conjunto de fluxos produtores de conjunções e disjunções (cf. Featherstone, 1995; Appadurai, 1991). Juntos, estes aspectos marcam o embate entre “localização da cultura” (para usar livremente a expressão de Homi Bhabha) e a desterritorialização introduzida pelos fluxos globais. Assim, a emergência de demandas identitárias na cena contemporânea ora representam uma recusa dos grandes modelos mas também das tendências globalizantes; ora uma defesa da “autenticidade” das experiências particulares e enraizadas num determinado tempo e espaço comunitário contra as forças desterritorializantes, “abstratas”, do mercado ou da cultura de massas; ora uma dificuldade de vivenciar os efeitos do deslocamento que a globalização introduz nos contextos locais, identificando esta último com um complô das grandes potências capitalistas, a dominação da cultura de consumo ou a violação da soberania nacional[5].

É possível, neste contexto, articular identidade e globalização? É preciso opor identidade a globalização? O contexto global representa possibilidades ou ameaças à experiência local? Como compreender o tipo de problema que a lógica global introduz no espaço-tempo da identidade? Como enfocar a globalização de forma a entender o lugar que aí ocupa a experiência da identidade?

Partiremos aqui da afirmação de que a globalização, naquilo em que se presta a uma análise cruzada com o tema da identidade, representa a vigência de um princípio de ruptura do liame dual micro/macro, estável/dinâmico, concreto/abstrato, particular/geral, princípio este que funciona como um “terceiro” e desencadeia uma lógica que não exige o fim das referências locais, mas as reinscreve num terreno em que estas não mais podem se definir pelo isolamento nem tampouco pela territorialidade. Sendo assim, a globalização tanto forma como deforma, tanto exige como resiste à identidade enquanto signo do local, do singular, do autêntico, do emancipatório. Este elemento, a meu ver, coloca problemas à lógica particularista das disputas multiculturais, como também reforça a lógica multicultural. O argumento a seguir pretende ser uma tentativa de explicitar esta problematização.

2. O terceiro e a lógica da globalização
A globalização introduz um terceiro na relação entre o local e o nacional, o local e o regional, o regional e o nacional que interrompe o fluxo linear de relações e comunicação onde estas polaridades se desenvolviam até vinte anos atrás, reguladas pela unidade do estado-nação e pela repartição territorial das trocas econômicas, políticas e culturais (exemplarmente capturada na expressão “relações internacionais”)[6]. Este terceiro introduz uma lógica desterritorializante e desinstitucionalizante em relação ao contexto anterior, repleta de paradoxos e expressa em aspectos como: quebra da pretensão de universalidade dos discursos políticos e culturais; quebra da soberania do estado nacional em questões-chave de política doméstica; introdução de valores e parâmetros de gestão pública em voga no âmbito da “sociedade civil global” (gênero; meio ambiente; multiculturalismo; direitos humanos; a primazia da ação local, efetivada por uma pluralidade de atores em parceria; etc.); ruptura de modos de vida associados às raízes ou atributos essenciais de comunidades locais, categorias sociais ou identidades culturais.

2.1 Caracterizando o terceiro da globalização
O terceiro da globalização não é um mega-sujeito. Nem o sujeito imperialista – por mais que tenhamos a impressão de que os Estados Unidos se transformam crescentemente no gendarme do sistema-mundo; nem o sujeito multilateral representado pelas Nações Unidas ou por organismos internacionais – embora estes sejam perceptivelmente agentes da globalização (exemplo do Banco Mundial ou da Organização Mundial do Comércio); nem o sujeito classe – poucos ousam alinhar a globalização com um esquema da burguesia ou uma concertação das elites empresariais dos diversos países com vistas a impor um determinado modelo de dominação econômica. Na verdade, o terceiro da globalização não é um sujeito em nenhum sentido antropomórfico ou sociologizante. O terceiro da globalização se “materializa” em múltiplos agentes, uns mais benignos, outros mais perversos, que têm em comum não a adesão a uma única cultura ou estratégia de globalização, mas o reconhecimento de que atuam num terreno movediço e em indefinida expansão. Este terreno já não se regula pelas coordenadas cartesianas de tempo e espaço, ou sociológicas de instituição e movimento, antes nele se joga com elas e as possibilidades e assimetrias que elas abrem. Nele, a disputa pelo conteúdo da globalização é o grande elemento impulsionador.

O terceiro é um princípio de antagonismo e diferenciação, algo que denuncia ou contesta – se justa ou injustamente somente se pode decidir analisando-se situações concretas - os limites da pretensão de singularidade, de desenvolvimento autônomo, de autoridade moral inquestionável, de estabilidade das ordens social ou comunitária vigentes. E isto se faz em nome da existência de aspectos não considerados, de grupos excluídos ou valores supervenientes, de processos ou tendências macro-societais ou macro-econômicas, os quais, desde a perspectiva dos litigantes, teriam prioridade sobre a autonomia local de organização e práticas.

Assim, a globalização funciona pela introdução da diferença exorbitante ou ignorada ali onde reina o contentamento ou a pretensão de autonomia contra interferências externas. Neste sentido, a lógica da globalização pode opor tanto o micro ao micro, como o micro ao macro, o macro ao mega, e vice-versa. Global não é o que é necessariamente maior, mais distante, nem mais forte. Global é o que (se) diferencia entre um campo que se regula por referências de soberania, autodeterminação, distintividade, e um campo que pretende se abrir – ou ser a abertura – para a renovação, inovação ou justiça que vêm descortinar novos horizontes. Se a diferença que emerge entre em meio à ordem vigente – local, nacional ou internacional – e aponta para o que ela exclui ou reclama das promessas que ela deixa irrealizadas, é politica ou moralmente virtuosa, se desemboca em alternativas viáveis à ordem questionada, são questões práticas, que só podem ser determinadas em contexto. Mas é em nome dessas diferenças não acolhidas, não respeitadas, não percebidas pela sociedade ou o estado que o terceiro da globalização interrompe a reprodução de um dado status quo.

Por outro lado, o terceiro da globalização é um princípio de oposição, um gerador de antagonismo. A introdução da diferença representa um desafio à estabilidade dos arranjos e fronteiras existentes, questiona a autarquia da comunidade, da instituição, do governo, do Estado. Não se trata de uma dicotomização do espaço social, político, econômico ou cultural. Naturalmente, o antagonismo produz uma fronteira entre dois campos. Mas esta já não é uma fronteira que atravesse o social de um extremo a outro. Nem é uma fronteira entre identidades já dadas, pré-constituídas, que vêm a se chocarem. É uma fronteira constituída em torno da emergência de uma questão em disputa[7], aí localizando lado a lado, “dentro” como “fora”, atores, temas e cenas que em outras disputas definem campos distintos. O antagonismo também não é uma situação de guerra, não precisa haver animosidades pessoais envolvidas, embora possa sempre (Schmitt sabia disto) levar ao confronto físico ou à guerra pura e simplesmente – e as dezenas de conflitos armados no mundo de hoje não nos permite esquecer isto. Mas o antagonismo que caracteriza o terceiro da globalização não pode ser extirpado, nem mesmo pelos tratados de paz. Ele pode sempre ressurgir, em outros lugares ou sob outras formas. A resolução dos conflitos não zera a atuação do antagonismo, apenas a deslocam para outros objetos[8].

Aqui já temos uma boa indicação do vínculo entre globalização e identidade: a afirmação, defesa ou contestação de identidades são um componente integral da lógica da globalização contemporânea. Por quê? Porque as identidades são, por vezes, o pomo da discórdia que expressa o terceiro da globalização – a globalização neste caso seria o berço da afirmação identitária, o contexto no qual a chamada fragmentação do sujeito desencadeia inúmeras tentativas de recomposição. Porque as identidades emergem na esteira dos efeitos desterritorializantes e desinstitucionalizantes da globalização, beneficiando-se do enfraquecimento das antigas unidades políticas e culturais da modernidade novecentista. Porque, enfim, as identidades reagem, numa tentativa de ressincronização espaço-temporal, aos efeitos desestruturantes da globalização, buscando em raízes do passado ou na idealização do presente uma forma de neutralizar o sentimento de ansiedade ou pânico ante a incerteza, a instabilidade e a permanente redefinição das regras e cenários que se instalam em nome da globalização[9].

2.2 Explorando a lógica da globalização
Dissemos acima que o que põe em comum os agentes da globalização é a disputa pelo seu conteúdo. É preciso dizer que não se trata de uma disputa pelo poder mundial, uma espécie de síndrome de desenho animado, onde gênios do mal mobilizam recursos para dominar o mundo. A inserção desses agentes têm níveis e impactos bastante diferenciados e a disparidade dos recursos é brutal. Mas não há mais a possibilidade de coordenar estes processos de disputa hegemônica sob uma única lógica ou direção, por mais abrangente que seja. Assim, a disputa pelo conteúdo da globalização se trava em torno de objetivos concretos, embora alguns de grande alcance, cuja resolução assegurará a uns a sensação de ganho e garantia de uma (maior) “cota” da cena global, enquanto mobilizará a outros em diferentes formas de resistência: a que aceita jogar o jogo (acreditando nas regras), a que recusa-se a jogar o jogo (partindo para o confronto a partir do lugar que ocupa, em torno das questões mais urgentes e inegociáveis que advoga) ou a que explora os interstícios ainda deixados a descoberto pelas disputas em curso. Pense-se nas grandes organizações ambientalistas e suas formas não-convencionais de protesto, ou nas manifestações críticas do sistema financeiro global (em Seattle, 1999; ou em Davros, 2000).

Certamente há alguns vetores gerais condicionando as disputas no cenário global, como já mencionei antes e retomo agora, ressaltando que não são os únicos:

Ü a quebra da pretensão de universalidade dos discursos políticos e culturais, tem deslocado as grandes narrativas da modernização, seja pela sua negação como modelo; seja pela tentativa de desenvolvimentos autônomos em contradição com grandes interesses políticos e econômicos internacionais; seja pela multiplicação dos caminhos tomados em nome destas narrativas, que explode a sua coerência interna, sua capacidade de dar unidade a tão diversas trajetórias; seja pela multiplicação dos atores da modernização.

Ü A quebra da soberania do estado nacional em questões-chave de política doméstica, representa tanto uma perda de autonomia, como o efeito da maior interconexão das sociedades contemporâneas – via mercados financeiros, os media, os organismos multilaterais e multinacionais, a incipiente sociedade civil global – limitando, mas não evitando, realinhamentos bruscos ou resistências aos “consensos” globais.

Ü A introdução de valores e parâmetros de gestão pública em voga no âmbito da “sociedade civil global”, de forma relativamente independente da aceitação ou reconhecimento das situações que os justificam. Entre tais valores e parâmetros se poderia mencionar: gênero; meio ambiente; multiculturalismo; direitos humanos; a primazia da ação local, efetivada por uma pluralidade de atores em parceria; exigências de eficiência e aferição do impacto das ações públicas; alargamento do espaço para o envolvimento da sociedade na gestão pública, compartilhando responsabilidades e atribuições ao lado do estado; etc. Estes novos critérios definidores da boa governança vêm interpor uma agenda para as políticas que não se prende à sensibilidade acumulada nos contextos nacionais e locais em relação aos valores e parâmetros mencionados. Não importa se gostemos ou não das políticas de promoção da igualdade de condições entre os sexos, se aceitamos ou não as políticas de discriminação positiva, de diálogo intercultural; se praticamos ou não de boa vontade os direitos humanos, etc. O que importa é que a credibilidade da organização, do governo ou do país é hoje aferida por sua sensibilização e operacionalização de políticas como estas. O que importa é que os recursos necessários hoje se vinculam a “condições aceitáveis” que passam pela implementação das diretrizes acima.

Não obstante esses vetores gerais, sua materialização raramente se faz em nome ou através de mega-atores. Em nome de ou contra a globalização, pequenos e grandes atores, isolada ou articuladamente, mobilizam, reivindicam e resistem a essas correntes. A ação intra e inter-organizacional; a ação coletiva; a ação governamental; a ação de redes territorializadas, temáticas e de influência (cf. Doimo, 1995), se contraem ou se expandem na dinâmica da intervenção do terceiro da globalização, em torno de interesses, demandas, valores e objetivos pontuais ou gerais.

3. A identidade como resposta, efeito e resistência à globalização
3.1 O terceiro e a identidade
Tudo parece indicar, à primeira vista, que o terceiro desterritorializante da globalização se oporia à experiência da identidade. Acostumados a pensar a identidade como enraizamento numa realidade socio-cultural particular e, no plano individual, como auto-conhecimento, auto-conceito e presença a si, tendemos a contrastar mais do que associar os dois termos. À vista do terceiro que mencionei anteriormente, é preciso desfazermos esta idéia. A globalização pode permitir a emergência de novas formas de identificação coletiva, as quais, por não mais se definirem em função de um pertencimento territorial, ou de uma tradição imemorial, mas em função de questões de relevância global, se subtraem às exigências de lealdade tradicional ou de atuação localizada.

Num sentido mais forte, a globalização requer mesmo a articulação da identidade, tanto na dimensão instrumental das relações de mercado, como na dimensão “expressiva” das relações intra e intergrupais, embora nem sempre estejamos diante de experiências identitárias com as características descritas no parágrafo anterior. Na sua versão instrumental, identidade se define no contexto da cultura de consumo, que globaliza a idéia de livre escolha e livre experimentação com bens e estilos de vida, produz e estimula a diferenciação, se alimenta da especialização, da produção de um diferencial cultural que se transforma num signo de vitalidade da cultura local (trunfo a ser explorado pela indústria do turismo), e da legitimidade de uma ordem social fundada na lógica do mercado. Identidade seria aqui a forma exteriorizada ou reivindicada de uma nova subjetividade. Outras modalidades de identificação se definem nesta perspectiva, como nas diversas “redescobertas” – em muitos casos coincidentes com verdadeiras invenções de tradições – de identidades culturais para diversos fins: impulsionar a indústria do turismo e do lazer; legitimar ações governamentais em disputas por recursos condicionados à adoção de práticas multiculturais; ajudar a criar uma nova imagem para empresas que lhes garantam acesso a determinadas fatias do mercado de consumo.

No caso da identidade como “expressão”, a globalização a requer na medida em que o deslocamento que o terceiro da globalização introduz no cenário local desencadeia mudanças, mas não pode ser indefinidamente continuado. O desenraizamento produz desorientação, ansiedade, sofrimento e destruição de formas de vida ou instituições que não podem ser suportados indefinidamente. Assim, a resistência da identidade – já não mais a mesma, porém uma que se modifica ao responder e “se afirmar” diante do desafio “de fora”, da lógica global – é uma contrapartida da globalização. Em nome da identidade enceta-se uma luta para restaurar um mundo nostalgicamente idealizado de simplicidade de vida, durabilidade dos arranjos sociais e proximidade e confiabilidade das relações entre as pessoas. Em nome da identidade se busca encontrar na origem comum ou num destino manifesto a orientação que contradiga as tendências desestabilizadoras e a incerteza do presente.

O terceiro da globalização não implica em que a identidade seja sempre experimentada ou reivindicada em bases globais, não-nacionais ou transnacionais. Antes, o que queremos ressaltar é que mesmo quando a identidade se expressa através do mais rigoroso fundamentalismo e isolacionismo, contra tudo o que seja maior do que ou exterior a ela, especialmente contra tudo o que lhe parece ser um complô das grandes potências ou grandes tendências econômicas, políticas e culturais do sistema mundial, ela não deixa de ser afetada pela globalização. Neste caso, o entrincheiramento da identidade como singularidade, localismo ou autenticidade pode ser uma reação a forças globalizantes, mas é também uma resposta a elas, um “sim” à agenda da globalização. Será reação ao tomar o global como a ameaça que vem de fora contra a integridade de um modo de vida local ou uma cultura nacional. Será uma resposta se sua emergência for atribuída ao afrouxamento dos laços ideológicos, políticos ou econômicos que impediam a expressão de tal identidade no âmbito nacional. Sem dúvida, a resposta pode ser ambígua, uma vez que nem sempre ela sai em defesa da globalização. Mas, o fato de beneficiar-se do “clima” global e de reivindicar seu espaço legítimo na “nova ordem mundial” – que coordena o global e o local, não esqueçamos – situa tais identidades no regime ou lógica da globalização.

3.2 A lógica da globalização e a lógica da identidade
Ao falar sobre a lógica da globalização, mencionei que a disputa pelo conteúdo da mesma se faz a partir de objetivos concretos, e não de uma intangível agenda global, e argumentei que há vetores gerais que produzem efeitos locais e que mobilizam atores grandes e pequenos. Trata-se de explorar agora como isto se relaciona com o tema da identidade.

Em primeiro lugar, eu ressaltaria que a lógica do terceiro representa um novo regime da relação entre o geral e o particular, o universal e o singular, na qual um curioso movimento se dá. A crítica aos universalismos modernos (expressos em objetos culturais ou modelos institucionais) não significa uma recusa do universalismo, mas uma localização do universalismo (cf. Robertson, 1991; Laclau, 1996). Ou seja, tanto identidades locais podem, em nome de certos direitos amplamente reconhecidos, reivindicar uma autonomia parcial ou mesmo secessão; identificar outros grupos sociais cuja presença representaria uma ameaça a ser neutralizada; ou ainda reclamar sua inclusão no “pacto de sociedade” mais amplo em que se inserem. Assim, ora temos micro-universalismos em conflito entre si e com o Estado, ora temos a reivindicação local do universalismo como demanda por inclusão.

O questionamento da soberania do estado nacional, nesta direção, implica na utilização das tendências globais (respaldadas em agências multilaterais ou em organizações civis de peso na formação da opinião pública mundial) para forçar mudanças na orientação das políticas nacionais em favor de atores coletivos que se beneficiam diretamente do clima de maior sensibilidade e assertividade existente em outros contextos nacionais – mulheres, negros, minorias étnicas (migrantes ou de segunda e terceira gerações, bem como indígenas), minorias religiosas, ambientalismo, etc. –, contrariando elites locais ou políticas. Mas pode-se também reivindicar contrapartidas à perda da autonomia do estado sobre certas questões de política doméstica, através de processos de negociação e coordenação supra-nacionais dos quais a face mais visível são os blocos de países organizados em função de interesses econômicos e políticos, segundo um imperativo de sobrevivência e reforço da competitividade (por exemplo, o Mercosul).

Por fim, a introdução de valores e práticas em contradição com a cultura política nacional ou local vem legitimar e reforçar a asserção, visibilidade pública e peso político de novos movimentos e alternativas organizacionais vinculados às mudanças culturais do pós-1968 e políticas dos anos 1980, abrindo espaços para o reconhecimento de diferenças e dificultando sua diluição nos amálgamas da identidade nacional, das ideologias políticas ou das práticas de cooptação paternalista. Porém, tais valores podem introduzir vieses desconhecidos no contexto local, redescrevendo problemas aí vivenciados em termos de padrões culturais e políticos dominantes em outras sociedades ou regiões. Desta forma, as demandas e conflitos locais se configuram em contraste com a experiência compartilhada, o que pode se expressar no sentimento de que as questões e soluções apresentadas implicam antes na imposição de poderes externos, ou na produção de atores coletivos híbridos, “glocais”, ao mesmo tempo enraizados num contexto local e definindo-se em termos transculturais.

O que resulta deste processo é a experiência da identidade como construção, ainda quando somos confrontados com movimentos e grupos que pretendem estar em direta continuidade com um passado ameaçado de destruição ou injust(ificad)amente violentado. Não há identidades pristinas, puramente expressivas. Há, em consequência da lógica da globalização reafirmações de identidades combinadas às novas ênfases e objetos de disputa; reinvenção de identidades para objetivos políticos ou mercadológicos (inclusive como forma de “apresentação” da diversidade local que funciona na indústria do turismo); e surgimento de novas identidades. Em cada um dos casos, construção da identidade – para legitimar uma situação, para resistí-la ou para introduzir nela novas questões e práticas que apontam para projetos de mudança social (cf. Castells, 1997).

E por que construir a identidade? Porque a questão do sentido torna-se bastante aguda num contexto onde os referenciais estáveis, naturais, de orientação no mundo se tornaram frágeis e insuficientes para garantir uma movimentação coerente e previsível no espaço social. A lógica do terceiro impõe um movimento de extensão e contração da sociedade civil e do estado no qual, segundo Castells, “não há mais uma continuidade entre a lógica da formação do poder na rede global e a lógica da associação e representação em sociedades e culturas específicas. A busca de sentido tem lugar então na reconstrução de identidades defensivas ao redor de princípios comunais. A maior parte da ação social vem a se organizar na oposição entre fluxos não-identificados e identidades isoladas” (1997:11). Como transformar a resistência local em novos sujeitos de mudança é, para Castells, o grande desafio de uma teoria da mudança social na era da informação.

Na medida em que o global se alimenta da diferenciação, ele investe sistematicamente o local, o comunitário, o regional como ingrediente de sua expansão. O local contra o nacional “atrasado”, o global contra o local “atrasado”. Mas também o local como possuidor de algo que a idéia nebulosa de globalidade não tem, uma singularidade ou exótica que podem ser trunfos em termos de reconhecimento, competitividade e lucro. O resultado disso é que a identidade, retomando o que disse anteriormente assume três configurações vis-à-vis o cenário global:

Ü A identidade é o pomo da discórdia que expressa o terceiro da globalização. Assim, a emergência de novas identidades, a economia das relações entre as identidades (explicitamente posta em tela pelo multiculturalismo), as perspectivas abertas pelo jogo da identidade no cenário global exprimem um aspecto constitutivo da dinâmica da globalização. Em outras palavras, a dimensão polêmica, controvertida, agonística da globalização aponta precisamente para a visibilidade e produtividade política que a questão da identidade assume. Falar de multiculturalismo é antes de mais nada apontar para este campo de contestação aberto pela operação do terceiro da globalização em contextos onde prevaleceram atitudes deslegitimadoras da diferença cultural em função da exclusão social, da inserção subordinada na ordem econômica e política internacional e da adesão aos modelos da modernização nos discursos liberais ou de esquerda.

Ü As identidades também emergem na esteira dos efeitos desterritorializantes e desinstitucionalizantes da globalização, beneficiando-se do enfraquecimento das antigas unidades políticas e culturais da modernidade novecentista – neste caso, não se trata necessariamente de novas identidades, podendo haver o retorno de antigas formas de identificação comunitária julgadas extintas pelos discursos da modernização. Pode ser o caso aqui que uma série de deslocamentos (econômicos, políticos, culturais) tenham o efeito de tornar os indivíduos susceptíveis à interpelação de uma pluralidade de formas de identificação, fraturando-os como unidades auto-centradas e causando-lhes mal-estar e sofrimento, ou liberando-os de uma submissão estreita a uma única comunidade ou instituição social. Tal interpelação instaura uma competição entre formas de identificação, mas também enseja experimentos de esteticização da subjetividade os quais, embora provisórios ou apenas parcialmente bem sucedidos, vão fazendo surgirem múltiplos “agenciamentos de subjetividade” (Guattari), no contexto de pequenos e grandes agrupamentos de pessoas.

Ü As identidades, enfim, reagem, num movimento de ressincronização espaço-temporal, aos efeitos desestruturadores da globalização. Esta reação pode vir sob a forma da retração, “privatização”, ou da intolerância contra o que parecem ser os perigos ou inimigos da “abertura” aos fluxos globais para a segurança, a sobrevivência, a auto-referencialidade dos projetos do grupo. Pela impotência ou pela assertividade agressiva do “seu” espaço, tenta-se reestabilizar o estado de fluxo, as exigências de contínuo reajustamento, as incertezas de um futuro desconhecido. Neste contexto, a religião, o nacionalismo, a organização em bases territoriais locais são algumas das expressões deste desejo de interromper os fluxos de mudanças permanentes e aparentemente sem direção que sobrevêm a sociedades nacionais ou grupos/comunidades sub-nacionais como efeitos de uma espécie de destino incompreensível e implacável.

4. Desafios ao multiculturalismo: o lugar da identidade no contexto global
Destacamos na introdução o caráter contencioso das demandas e práticas multiculturais e procuramos argumentar que um dos elementos importantes desta contestabilidade reside na dinâmica complexa dos vínculos entre identidade e globalização. Se as energias iniciais para as demandas multiculturais podem remontar às lutas pelos direitos civis e aos desdobramentos dos movimentos estudantis no final da década de 60, então seria preciso admitir que a emergência da identidade como preocupação, como reação ou como projeto já estava implicada num movimento de proporções internacionais. Durante os anos 80 e 90, as demandas multiculturais tornaram-se decididamente globais em sua extensão e disseminação.

Esta disseminação, entretanto, nem ofusca, nem diminui o potencial polêmico do multiculturalismo. Assim como o terreno da globalização é disputado, também o é o das identidades coletivas passíveis de constar na lista dos atores “legítimos” do multiculturalismo. Mais do que uma emergência pura e simples, tomando a forma de diferenças cuja positividade seria indisputável, as identidades reivindicadoras de práticas multiculturais estão simultaneamente em processo de construção e em disputa pelo reconhecimento dos agravos e cenários onde sua postulação cobra ares de objetividade incontestável. O fato, porém, de que não podemos simplesmente escolher quais manifestações identitárias – por nos parecerem mais aceitáveis ou progressistas – poderiam fazer parte da “lista”, o fato de que há identidades reativas, intolerantes e fechadas em si mesmas, nos adverte para alguns desafios que, postos a estas identidades, estendem-se também às chamadas “novas identidades” e, a fortiori, ao multiculturalismo.

Concluiríamos, então, ressaltando, de forma puramente evocativa, alguns desafios que o contexto da globalização coloca à experiência da identidade – pessoal e coletiva – e às políticas multiculturais que se põem em sua defesa.

Em primeiro lugar, o desafio da abertura. Tradicionalmente, a idéia de identidade foi associada a um “seu-próprio” que não se dividia com outros, que se pretendia proteger dos outros e que determinava uma uniformidade interna entre os “portadores” de tais atributos. Além disso, a identidade se revestia de uma atemporalidade que escondia tanto a história de seu desenvolvimento como a existência de outras possibilidades de sua expressão que foram preteridas ou derrotadas ao longo desta história. O cenário da globalização, ao alterar os processos tradicionais de produção e reprodução da identidade, confronta-a com sua própria historicidade – e, portanto, com a possibilidade de ser diferente de si mesma, heterogênea consigo mesma – e com a relação ao outro – e, portanto, com a necessidade de reconhecer dentro de si a presença (ausente) de outros sujeitos e de negociar com eles suas demandas e valores.

Em segundo lugar, o desafio da reflexividade. A “ameaça” de invasão, destruição ou subordinação que a inserção nos fluxos globais representa para as identidades localistas, ou a resposta ao desafio da abertura, têm cobrado que a identidade trabalhe sobre si mesma. Recomponha-se, investigue-se, critique a si mesma e elabore estratégias para sua atuação e suas relações com outras. A avaliação permanente das suas condições de existência e de suas chances de melhora relativa no espaço social, político, econômico e cultural impõe um permanente retorno sobre si mesma que, embora não signifique a possibilidade de compensar a perda da estabilidade, a aura atemporal e a falsa homogeneidade que geralmente as experiências identitárias cultivam, torna-se um elemento habilitador nas relações com outras identidades.

Em terceiro lugar, o desafio da política. Embora muito se fale sobre a decadência ou a retração da política no contexto contemporâneo, a leitura que oferecemos aqui só pode insistir sobre a centralidade da política na análise da identidade. Não se trata especificamente da política tradicional – centrada na agregação de interesses através dos partidos e seu processamento através dos mecanismos de políticas governamentais. Trata-se da dimensão política da identidade. A perda da referência a-histórica e os deslocamentos colocados pelo contato com o terceiro da globalização exigem das identidades um esforço de construção. Reivindicar uma origem indiferenciada e imemorial, ou uma visão naturalizada (determinada pelo nascimento, a condição biológica ou o solo pátrio), não é suficiente ou mesmo possível para assegurar sua continuidade/reprodução. Identidades são construções tanto no sentido histórico, como no sentido da ação estratégica; elas são o resultado de uma série de operações e investimentos coletivos. Mais, o fato de que a identidade não se define de modo autárquico, sem referência com um antagonismo face a um “inimigo”, e sem a “costura” de equivalências entre suas demandas e valores e as de outras, a negociação (que implica em conflito, argumentação, mobilização e compromissos) é outra característica do desafio político à identidade. O peso do global, as assimetrias entre atores nacionais e locais, o grau de organização interna de cada grupo colocam o desafio da negociação.

Finalmente, o desafio do pluralismo. Os cenários da globalização não remetem a um sistema centrado e governado a partir de um único conjunto de critérios, não comportam macro- ou micro-atores imbuídos de pretensões imperiais ou autonomistas, nem assumem o custo da homogeneização das diferenças. O desafio então, que tem estado entre os maiores dilemas e contradições da onda contemporânea da globalização, é o de que o regime de repartição dos recursos socialmente relevantes para os diferentes grupos que reivindicam inclusão, justiça ou reconhecimento produza uma tolerância ativa das diferenças no contexto da “consciência possível” da comunidade nacional, da cultura regional e local, ou seja, assumindo-se que nunca será possível tolerar todas as diferenças, nem impedir que o intolerável reapareça. Pluralismo não pode, neste contexto, significar um congraçamento geral, uma nova forma de comunidade plena, mas um espaço de emergência de demandas que não somente expressam injustiças passadas, mas a exclusão sobre a qual se assenta toda ordem social.



Joanildo Burity.



5. Bibliografia
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Segue atividades voltadas ao tema realizadas no CEI que trabalho.
Essas atividades foram realizadas com o auxilío da professora Jociene de acordo com o texto extraído da net.Texto acima do Joanildo Burity.

Questionário


1. Segundo os parâmetros curriculares nacionais de história e geografia o ensino de História possui objetivos específicos, sendo um dos mais relevantes o que se relaciona à constituição da noção de identidade. Assim, é primordial que o ensino de História estabeleça que tipo de relações?

R= Relações entre identidades individuais, sociais e coletivas, entre as quais as que se
constituem como nacionais.

2. Os conteúdos propostos pelos Parâmetros curriculares privilegiam, assim, no primeiro ciclo, a leitura de tempos diferentes no tempo presente, em um determinado espaço, e a leitura desse mesmo espaço em tempos passados. No segundo ciclo quais são os conteúdos sugeridos?

 R= São sugeridos estudos sobre histórias de outros espaços em tempos diferentes. A predominância está voltada para as histórias sociais e culturais, sem excluir as questões políticas e econômicas. Os temas ligados à questão urbana, à sua dominância sobre o modo de vida rural, à predominância da cidade sobre o campo e à imposição do ritmo de tempo da fábrica sobre o ritmo de tempo da natureza são problemas comuns à maioria da população brasileira e à grande maioria dos indivíduos que vivem no planeta na atualidade.

3. Os conteúdos escolhidos, que fundamentam esta proposta com o primeiro ciclo e o segundo estão articulados, ainda, com os temas transversais. Cite alguns desses conteúdos.

R= As diferenças culturais, étnicas, de idade, religião, costumes, gêneros, sistemas
econômicos e políticos; reflexões sobre a constituição da cidadania, em diferentes sociedades e tempos, relacionadas à saúde, à higiene, às concepções sobre a vida e a
morte, às doenças endêmicas e epidêmicas; as lutas e as conquistas políticas, travadas por indivíduos, por classes e movimentos sociais;

4. Ensino e aprendizagem de História no primeiro ciclo consiste em:

R= Introduzir o aluno na leitura das diversas fontes de informação, para que adquira, pouco a pouco, autonomia intelectual.

5. De acordo com os objetivos de História para o primeiro ciclo, espera-se que ao final do primeiro ciclo os alunos sejam capazes de:

R=
üComparar acontecimentos no tempo, tendo como referência anterioridade, posterioridade e simultaneidade;
ü Reconhecer algumas semelhanças e diferenças sociais, econômicas e culturais, de dimensões cotidianas, existentes no seu grupo de convívio escolar e na sua localidade;
üReconhecer algumas permanências e transformações sociais, econômicas e culturais nas vivências cotidianas das famílias, da escola e da coletividade, no tempo, no mesmo espaço de convivência;
üCaracterizar o modo de vida de uma coletividade indígena, que vive ou viveu na região, distinguindo suas dimensões econômicas, sociais, culturais, artísticas e religiosas;
ü Identificar diferenças culturais entre o modo de vida de sua localidade e
o da comunidade indígena estudada;
ü Estabelecer relações entre o presente e o passado;
ü Identificar alguns documentos históricos e fontes de informações
discernindo algumas de suas funções.

6. Os conteúdos de História para o primeiro ciclo enfocam que eixo temático?

R= história local e do cotidiano

7. Considerando o eixo temático “História local e do cotidiano”, a proposta é a de que, no
primeiro ciclo, os alunos iniciem seus estudos históricos no presente, e sejam capazes de identificar diferenças e semelhanças existentes entre eles. Quais sãos essas diferenças e semelhanças?

R= Suas famílias e as pessoas que trabalham na escola identificando mudanças e permanências nas organizações familiares e educacionais. semelhanças e as diferenças existentes entre os grupos sociais e seus costumes nos hábitos, nas relações de trabalho, na organização urbana ou rural em que convivem, etc.

8. Como no primeiro ciclo, os questionamentos realizados no segundo ciclo são a partir do entorno do aluno, com que objetivo?

R= Levantar dados, coletar entrevistas, visitar locais públicos, incluindo os que mantêm acervos de informações, como bibliotecas e museus.

 9.Valorizando os procedimentos que tiveram início no primeiro ciclo, a preocupação de ensino e aprendizagem no segundo ciclo envolvem  um trabalho mais específico, que tipos de atividades são trabalhadas?

 R=Trabalha-se com leitura de obras com conteúdos históricos, como reportagem de jornais, mitos e lendas, textos de livros didáticos, documentários em vídeo, telejornais.

10. Espera-se que ao final do segundo ciclo os alunos sejam capazes de:

R=
ü                       Reconhecer algumas relações sociais, econômicas, políticas e culturais que a sua coletividade estabelece ou estabeleceu com outras localidades, no presente e no passado;
ü                       Identificar as ascendências e descendências das pessoas que pertencemà sua localidade, quanto à nacionalidade, etnia, língua, religião e costumes, contextualizando seus deslocamentos e confrontos culturais e étnicos, em diversos momentos históricos nacionais;
ü                        Identificar as relações de poder estabelecidas entre a sua localidade e os
demais centros políticos, econômicos e culturais, em diferentes tempos;
ü                        Utilizar diferentes fontes de informação para leituras críticas;
ü                       Valorizar as ações coletivas que repercutem na melhoria das condições
de vida das localidades.

11. . Os conteúdos de História para o segundo ciclo enfocam que eixo temático?

R= história das organizações populacionais

12. Considerando o eixo temático “História das organizações populacionais”, a proposta é de que, no segundo ciclo, os alunos estudem:

ü                       R= A procedência geográfica e cultural de suas famílias e as histórias
envolvidas nos deslocamentos e nos processos de fixação;
ü                       Os deslocamentos populacionais para o território brasileiro e seus
contextos históricos;
ü                       As migrações internas regionais e nacionais, hoje e no passado;
ü                       Os grupos e as classes sociais que lutam e lutaram por causas ou direitos
políticos, econômicos, culturais, ambientais;
ü                       Diferentes organizações urbanas, de outros espaços e tempos;
ü                       As relações econômicas, sociais, políticas e culturais que a sua localidade
estabelece com outras localidades regionais, nacionais e mundiais;
ü                        Os centros políticos-administrativos brasileiros;
ü                        As relações econômicas, sociais, políticas e culturais que a sua localidade
estabelece ou estabeleceu com os centros administrativos nacionais, no presente
e no passado;
ü                       E medições de tempo, calendários, quadros cronológicos, linhas de tempo
e periodizações, para organizarem sínteses históricas das relações entre as histórias locais, regionais, nacionais e mundiais.

13. No trabalho com os alunos, no que se refere aos domínios em relação ao conhecimento cultural e social das medições de tempo, pode-se trabalhar uma série de atividades envolvendo calendários. Cite algumas.

R= Criação de calendários sustentados nessas mudanças observadas em
relação aos elementos naturais, estabelecendo periodicidades de um
mês para o outro, ou de ano para o outro;
Confecção de relógios de Sol, ampulhetas, relógios de água (clepsidra);
Comparação entre os diferentes calendários e sua utilização para
localização e comparação de acontecimentos no tempo.

14. A partir dos anos 60, sob influência das teorias marxistas, surge uma tendência crítica a Geografia Tradicional, qual é o foco de suas preocupações?

R= A relação entre a sociedade, o trabalho e a natureza na produção do espaço geográfico, essa nova perspectiva considera que não basta explicar o mundo, é preciso transformá-lo.

15. Segundo a análise feita pela Fundação Carlos Chagas, observa-se, sobretudo nas propostas curriculares produzidas nas últimas décadas, que o ensino de Geografia apresenta problemas tanto de ordem epistemológica e de pressupostos teóricos como
outros referentes à escolha dos conteúdos. No geral, são eles:

R= Abandono de conteúdos fundamentais da Geografia, tais como as
categorias de nação, território, lugar, paisagem e até mesmo de espaço
geográfico, bem como do estudo dos elementos físicos e biológicos que
se encontram aí presentes;

Há uma preocupação maior com conteúdos conceituais do que com
conteúdos procedimentais. O objetivo do ensino fica restrito, assim, à
aprendizagem de fenômenos e conceitos, desconsiderando a aprendizagem
de procedimentos fundamentais para a compreensão dos métodos
e explicações com os quais a própria Geografia trabalha;

A memorização tem sido o exercício fundamental praticado no ensino de
Geografia, mesmo nas abordagens mais avançadas;

As propostas pedagógicas separam a Geografia humana da Geografia física
em relação àquilo que deve ser apreendido como conteúdo específico;

A noção de escala espaço-temporal muitas vezes não é clara, ou seja, não
se explicita como os temas de âmbito local estão presentes naqueles de
âmbito universal e vice-versa, e como o espaço geográfico materializa
diferentes tempos (da sociedade e da natureza)...

17. Qual é o objetivo do ensino de Geografia?

R= levar os alunos a compreenderem de forma mais ampla a realidade,
possibilitando que nela interfiram de maneira mais consciente e propositiva.
mostrar ao aluno que cidadania é também o sentimento de pertencer a uma realidade na qual as relações entre a sociedade e a natureza formam um todo integrado — constantemente em transformação — do qual ele faz parte e, portanto, precisa conhecer e sentir-se como membro participante, afetivamente ligado, responsável e comprometido historicamente.

18. O espaço geográfico é historicamente produzido pelo homem enquanto organiza econômica e socialmente sua sociedade. A percepção espacial de cada indivíduo ou sociedade é também marcada por laços afetivos e referências socioculturais. Nessa perspectiva, a historicidade enfoca o homem como sendo ele o que?

 R= sujeito construtor do espaço geográfico, um homem social e cultural, situado para além e através da perspectiva econômica e política, que imprime seus valores no processo de construção de seu espaço.

19. Qual é a importância do estudo da linguagem cartográfica desde o início da escolaridade?

R=Contribuir não apenas para que os alunos venham a compreender e utilizar uma ferramenta básica da Geografia, os mapas, como também para desenvolver capacidades
relativas à representação do espaço.

20. As formas mais usuais de se trabalhar com a linguagem cartográfica na escola é por meio de situações nas quais os alunos têm de colorir mapas, copiá-los, escrever os nomes de rios ou cidades, memorizar as informações neles representadas. Mas esse tratamento não garante que eles construam os conhecimentos necessários, tanto para ler mapas como para representar o espaço geográfico. Para isso, é preciso partir da idéia de que a linguagem cartográfica é um sistema de símbolos que envolve proporcionalidade, uso de signos ordenados e técnicas de projeção. Também é uma forma de atender a diversas necessidades, das mais cotidianas, tais como:

R= chegar a um lugar que não se conhece, entender o trajeto dos mananciais, por exemplo, às mais específicas como delimitar áreas de plantio, compreender zonas de influência do clima etc...

21. Espera-se que, ao longo dos oito anos do ensino fundamental, os alunos construam um conjunto de conhecimentos referentes a conceitos, procedimentos e atitudes relacionados à Geografia, que lhes permitam ser capazes de:

ü                 R= Conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para
compreender o espaço, a paisagem, o território e o lugar, seus processos de
construção, identificando suas relações, problemas e contradições;
ü                 Fazer leituras de imagens, de dados e de documentos de diferentes fontes
de informação, de modo a interpretar, analisar e relacionar informações
sobre o espaço geográfico e as diferentes paisagens;
ü                 Saber utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e
representar a espacialidade dos fenômenos geográficos;
ü                 Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos
estudados em suas dinâmicas e interações;

22. No primeiro ciclo, o estudo da Geografia deve abordar principalmente questões relativas à:
R=presença e ao papel da natureza e sua relação com a ação dos indivíduos, dos grupos sociais e, de forma geral, da sociedade na construção do espaço geográfico.

23.                   O processo de construção da linguagem cartográfica acontece mediante o trabalho de:

R=produção e a leitura de mapas simples, em situações significativas de aprendizagem nas quais os alunos tenham questões a resolver, seja para comunicar, seja para obter e interpretar informações.

24. Espera-se que ao final do primeiro ciclo os alunos sejam capazes de:

R=reconhecer, na paisagem local e no lugar em que se encontram inseridos,
as diferentes manifestações da natureza e a apropriação e transformação
dela pela ação de sua coletividade, de seu grupo social;
• conhecer e comparar a presença da natureza, expressa na paisagem local,
com as manifestações da natureza presentes em outras paisagens;
• reconhecer semelhanças e diferenças nos modos que diferentes grupos
sociais se apropriam da natureza e a transformam, identificando suas
determinações nas relações de trabalho, nos hábitos cotidianos, nas
formas de se expressar e no lazer;
• conhecer e começar a utilizar fontes de informação escritas e imagéticas
utilizando, para tanto, alguns procedimentos básicos;
• saber utilizar a observação e a descrição na leitura direta ou indireta da
paisagem, sobretudo por meio de ilustrações e da linguagem oral;
• reconhecer, no seu cotidiano, os referenciais espaciais de localização,
orientação e distância de modo a deslocar-se com autonomia e representar
os lugares onde vivem e se relacionam;
• reconhecer a importância de uma atitude responsável de cuidado com o
meio em que vivem, evitando o desperdício e percebendo os cuidados
que se deve ter na preservação e na manutenção da natureza.

25. sugestões de blocos temáticos que podem ser estudados com os alunos, apresentados
de modo amplo, pois se configuram como sugestões e não devem ser compreendidos como umaseqüência de assuntos a serem aprendidos ou ainda como blocos isolados que não se comunicam entre si.

R= TUDO É NATUREZA A principal noção a ser trabalhada por este tema é a presença da natureza em tudo que está visível ou não na paisagem local.
 CONSERVANDO O AMBIENTE Este tema proporciona a compreensão das diferentes relações que indivíduos, grupos sociais e sociedades estabelecem com a natureza no dia-a-dia.
 TRANSFORMANDO A NATUREZA:
DIFERENTES PAISAGENS Este tema proporciona um estudo sobre os motivos, as técnicas e as conseqüências da transformação e do uso da natureza.

26. Critérios de avaliação de Geografia para o primeiro ciclo:

R= Reconhecer algumas das manifestações da relação entre sociedade e natureza
presentes na sua vida cotidiana e na paisagem local
Reconhecer e localizar as características da paisagem local e compará-las com as
de outras paisagens
Ler, interpretar e representar o espaço por meio de mapas simples

27. No segundo ciclo, o estudo de Geografia deve abordar?

R= as diferentes relações entre as cidades e o campo em suas dimensões sociais, culturais e ambientais e considerando o papel do trabalho, das tecnologias, da informação, da comunicação e do transporte.

28. Qual é o objetivo central do ensino de Geografia no segundo ciclo?

R= Que os alunos construam conhecimentos a respeito das categorias de paisagem urbana e
paisagem rural, como foram constituídas ao longo do tempo e ainda o são, e como sintetizam múltiplos espaços geográficos.

29. Espera-se que ao final do segundo ciclo os alunos sejam capazes de:

R= reconhecer e comparar o papel da sociedade e da natureza na construção
de diferentes paisagens urbanas e rurais brasileiras;
• reconhecer semelhanças e diferenças entre os modos de vida das cidades
e do campo, relativas ao trabalho, às construções e moradias, aos hábitos
cotidianos, às expressões de lazer e de cultura;
• reconhecer, no lugar no qual se encontram inseridos, as relações
existentes entre o mundo urbano e o mundo rural, bem como as relações
que sua coletividade estabelece com coletividades de outros lugares
e regiões, focando tanto o presente e como o passado;
• conhecer e compreender algumas das conseqüências das transformações da
natureza causadas pelas ações humanas, presentes na paisagem local e
em paisagens urbanas e rurais; ...

30. Os conteúdos de Geografia para o segundo ciclo enfocam que eixo temático?

R= As paisagens rurais e urbanas, suas características e relações.

31. Seguem sugestões de blocos temáticos que podem ser estudados com os alunos do segundo ciclo, como no primeiro.

R= O PAPEL DAS TECNOLOGIAS NA CONSTRUÇÃO DE
PAISAGENS URBANAS E RURAIS Este tema enfoca o papel das tecnologias na configuração das paisagens urbanas e rurais.
INFORMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E INTERAÇÃO Este tema refere-se às alterações que o fluxo de informações fez e faz na vida em sociedade.
DISTÂNCIAS E VELOCIDADES NO MUNDO URBANO
E NO MUNDO RURAL Este tema diz respeito ao transporte e sua influência na vida em sociedade, as alterações que imprimem nas paisagens
URBANO E RURAL: MODOS DE VIDA Através deste tema é possível organizar estudos nos quais os alunos pesquisem e comparem como as paisagens urbanas e rurais definem e possibilitam diferentes modos de vida.

32. Critérios de avaliação de Geografia para o segundo ciclo, quais são eles?

R= Reconhecer e comparar os elementos sociais e naturais que compõem paisagens
urbanas e rurais brasileiras, explicando alguns dos processos de interação existentes
entre elas;
Reconhecer semelhanças e diferenças entre os modos de vida das cidades e do campo;
Reconhecer o papel das tecnologias, da informação, da comunicação e dos transportes na configuração de paisagens urbanas e rurais e na estruturação da vida em sociedade;
Estabelecer algumas relações entre as ações da sociedade e suas conseqüências
para o ambiente;
Representar e interpretar informações sobre diferentes paisagens utilizando
procedimentos convencionais da linguagem cartográfica;
Observar, descrever, explicar, comparar e representar paisagens urbanas e rurais;

33. As fronteiras não visíveis de um espaço em movimento significam perda de pontos de referência , pontos estes que permitiram a percepção  do movimento. Segundo esta afirmativa o que significa fronteiras não visíveis de um espaço em movimento?
R= Significa perda de percepção do movimento.

34. Partindo da execução do movimento concreto para a abstração, podemos afirmar que é através da percepção do movimento que se constitui o ponto básico para o trabalho de percepção do movimento de rotação da terra. Tendo chegado a este ponto, podemos desenvolver quais conteúdos para propiciar ás crianças à percepção das evidências que revelam o movimento da terra?

R= Observação das sombras e sua posição em relação a um foco de luz;
 O sol, foco de luz constante, sempre na mesma posição em relação s terra;
 Observação das sombras e da direção de seu deslocamento, movimentando-se o objeto iluminado;
O movimento de rotação: seu sentido (sua direção) e sua conseqüência (dia e noite);

35. Qual é o objetivo do eixo tempo no nível de conceito específico da 3ª série, dentro do espírito do ensino produtivo de História e Geografia?

R= Tem como objetivo levar o aluno a concluir que as mudanças do ciclo vital ocorrem com o passar do tempo.

36.Represente o tempo de um dia.

R=